quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Efeitos do atendimento pré-hospitalar


Estudo feito na UFMG aponta redução nas mortes de vítimas de acidentes de trânsito atendidas em hospitais em Belo Horizonte, de 3,3% em 1994 para 1% em 2003 (foto: divulgação)


29/01/2008

Por Thiago Romero

Agência FAPESP – Entre 1994 e 2003, a taxa de mortes entre pacientes atendidos em hospitais de Belo Horizonte, vítimas de acidentes de trânsito na cidade, caiu de 3,3% para 1%, de acordo com dados de uma tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

O autor do trabalho, Roberto Marini Ladeira, médico epidemiologista do Hospital João XXIII, na capital mineira, comparou resultados de dois estudos conduzidos pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).

Nos últimos dois meses de 1994 e de 2003 foram colhidos dados de 3.991 pacientes atendidos em oito hospitais, públicos e privados, na capital mineira. As vítimas ou seus acompanhantes responderam a perguntas como o meio de transporte utilizado até o hospital, tipo e gravidade de lesões sofridas, período de internação e consumo de bebidas alcoólicas.

Em seguida, Ladeira, que foi um dos coordenadores dos dois estudos, verificou que, dos 1.719 indivíduos entrevistados em 1994, 57 (3,3%) morreram. No estudo seguinte, em 2003, foram 23 mortes entre 2.272 pacientes, cerca de 1% do total.

Uma das principais causas para a redução teria sido a implantação, em 1995, dos serviços móveis de emergência, que prestam em poucos minutos resgate e atendimento no local do acidente e no trajeto até o hospital.

Em 2003, 47,9% dos pacientes que chegaram aos ambulatórios dos serviços de emergência receberam atendimento pré-hospitalar – em 1994 esse tipo de serviço ainda não existia na cidade.

“É importante destacar que o percentual de óbitos caiu entre as vítimas que foram atendidas nos hospitais, o que não reflete necessariamente uma redução geral das mortes no trânsito em Belo Horizonte. Para isso teríamos que incluir também as vítimas fatais na cena do acidente”, disse Ladeira à Agência FAPESP.

O trabalho indica que as principais vítimas de acidentes de trânsito em 1994 foram pedestres. Em 2003, os condutores e passageiros de motocicletas foram os mais atingidos. “E dos 3.991 pacientes analisados no estudo, mais de 15% informaram ter ingerido bebida alcoólica antes do acidente”, disse o pesquisador.

O médico epidemiologista lembra que a medicina pré-hospitalar surgiu durante as grandes guerras mundiais, com o objetivo de tirar soldados feridos do campo de batalha e levá-los para um lugar mais seguro em que pudessem receber tratamento especializado.

“Historicamente, o tempo entre a ocorrência da lesão e o atendimento médico tem caído brutalmente, de cerca de quatro horas na Primeira Guerra Mundial, por exemplo, para em torno de 20 a 30 minutos nos dias de hoje”, disse Ladeira.

“A literatura científica tem comprovado que a eficiência desse tipo de atendimento está diretamente relacionada com a sobrevivência das vítimas. Nosso estudo mostrou ainda que, em 2003, mais da metade dos pacientes atendidos em menos de uma hora após o acidente foi transportada pelos serviços de atenção pré-hospitalar de Belo Horizonte”, afirmou.

http://www.agencia.fapesp.br./boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8348

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

http://www.tribuna.inf.br/noticia.asp?noticia=politica02

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A proibição de venda de bebida alcoólica nas BRs, a partir de fevereiro, determinada por medida provisória, não é novidade em Minas

ESTADO DE MINAS

- PAC vira arma contra crise

- Ao apresentar o balanço de um ano do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ontem, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que ele funcionará como uma vacina, para proteger o Brasil da crise externa. Segundo a ministra, a execução dos projetos estimula a demanda interna, o que fortalece a economia frente às turbulências no cenário mundial. "O ano de 2008 será de muitas realizações. O país terá, de norte a sul, não só a contratação de obras em grande escala, mas um grande canteiro de obras em processo de viabilização", ressaltou Dilma. Garantiu ainda que os cortes para adequar o Orçamento à extinção da CPMF não atingirão o PAC. Segundo os números divulgados pelo governo, o percentual de obras do programa considerado em estágio adequado ao cronograma previsto subiu de 80%, em setembro, para 86%, em dezembro. A verba empenhada chegou a R$ 16 bilhões, ou 97% do total para 2007. O pagamento realmente efetivado, porém, atingiu apenas 27%. (págs. 1, 3, 4 e editorial 'Programa andou mal', pág. 10)

- Queda de juro nos EUA faz Bovespa disparar - Banco central americano baixa taxa em 0,75 ponto percentual, maior corte em duas décadas, e mercados reagem bem. Bolsa brasileira sobe 4,45%. (págs. 1 e 12)

- A qualidade de vida das crianças melhorou, revela o Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI), do Unicef, mas Minas Gerais ainda não conseguiu se distanciar da média do país e caiu no ranking dos estados. De 2004 para cá, passou da 12ª para a 13ª posição. O principal indicador, porém, a taxa de mortalidade infantil, teve queda de 40,9%. O número de mortes até 5 anos para cada mil nascidos vivos é de 24,7, o que põe o estado em 17º, entre as unidades da federação - mas, nesse caso, os piores desempenhos estão no alto da lista. Entre as crianças com até 1 ano, a taxa de mortalidade é de 21,1, correspondente ao 16º lugar no levantamento nacional. Políticas de atenção nutricional e o atendimento adequado em maternidades, como a Hilda Brandão, da Santa Casa de BH, são alguns dos fatores que influenciaram o avanço.(págs. 1 e 21)

- A proibição de venda de bebida alcoólica nas BRs, a partir de fevereiro, determinada por medida provisória, não é novidade em Minas. Lei estadual já veta o comércio nas MGs, desde 1994, mas é ignorada devido à falta de fiscalização e de dispositivos complementares. (págs. 1, 19 e 20)

- Gás natural - Novo campo pode levar Brasil à auto-suficiência. (págs. 1 e 14)

- Triângulo em alerta para a febre amarela. (págs. 1 e 23)

- Venezuela - Exército tenta conter o contrabando de comida. (págs. 1 e 19)


(Estado de Minas - Sinopse Radiobrás)