sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Aécio a Serra: ou presidência ou Senado; vice jamais


Aécio Neves e José Serra trocaram um longo telefonema. Deu-se na madrugada de quinta (29). Coisa de uns 50 minutos.

A alturas tantas, Aécio foi ao ponto: ou disputa a presidência da República ou vai às urnas de 2010 por uma cadeira no Senado. Vice não admite ser.

A julgar pelo sonho do grão-tucanato, convém a Aécio reforçar o estoque de pastilhas. Ainda fica rouco de tanto repetir: Vice de Serra não, jamais!

Escrito por Josias de Souza às 03h11

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O ex-presidente Itamar Franco não é "carta fora do baralho" sucessório (Edson Paim escreveu)

Como na lenda do Fenix, pássaro mitológico do Egito, na antiguidade clássica, segundo relatos de Heródoto e Plutarco, resurgia das suas próprias cinzas, Itamar Franco que, como vice de Collor foi guindado à Presidência da República, agora, reaparece repentinamente, como vice-presidente do PPS e defensor da candidatura de Aécio Neves, Governador de Minas e neto de Tancredo Neves, para complicar, mais ainda, o jogo sucessório presidencial.

Três partidos que dividem, hoje, o espólio da UDN: o PPS (ex-Partido Comunista Brasileiro - PCB) e que forma com o DEM a ala direita da política brasileira, tendo ao seu lado, o PSDB (pseudo democracia social brasileira), capitaneado pelo neo-liberal FHC, acrescidos do PMDB de alguns estados, os quais farão, nas próximas eleições, o contraponto ao bloco governista, constituído por um elenco de partidos, tendo à frente o PT e o PMDB "chapa branca", trazendo à tira-colo a candidata oficial, ministra Dilma Roussef e um candidato "estepe", Ciro Gomes, destinado a ser a "tábua de salvação", no caso de Dilma não decolar.

Neste cenário, surge uma "trinca" de atores: Itamar Franco, Aécio Neves e o ex-deputado federal Roberto Freire (PE) que foi reconduzido à Presidência do PPS, os quais representam três importantes "trunfos" que poderão ter atuação decisiva na definição do quadro sucessório, tanto mais que Itamar que apoia e aposta na candidatura de Aécio, mas é um possível candidato a Vice-Presidente, na chapa de José Serra, o que seria inviável no caso da candidatura de Aécio, por serem ambos do mesmo estado - Minas Gerais e, pelo mesmo motivo, Michel Temer ou Orestes Quércia não poderiam ser vice de Serra.

Se política é como nuvens, como já dizia Benedito Valadores, uma "raposa felpuda", da maior escola de política que o país ja teve, o PSD mineiro, a coisa se complica quando entra em cena o ex-prefeito de Juiz de Fora, ex-governador do estado montanhês e ex-Presidente da República, Itamar Franco, tradicional militante da UDN mineira e principal responsável pela candidatura de FHC, que ao introduzir e se beneficiar do casuismo do segundo mandato, frustrou a candidatura de Itamar, motivo pelo qual ele pode se transformar numa "pedra no sapato" de José Serra, o principal pupilo do criador do segundo mandato, a menos que venha a ser guindado como companheiro de chapa do governador de São Paulo.

Como o DEM não reivindica a vice na chapa da oposição, aumenta a chance do PPS, de Roberto Freire, "emplacar" Itamar Franco, nessa vaga, reditando a política "café com leite", formada pelos dois maiores colégios eleitorais da federação, vigente antes da revolução de 1930, complicando, assim, a vida de Lula e de sua pupila Dilma e, forçando o presidente e a banda governista do PMDB a lançar, como vice, o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, do PMDB mineiro, em detrimento da candidatura do paulista, Michel Temer, até agora, considerada como a mais provável.

Pior que isto, para a candidata situacionista, só mesmo se, diante da indecisão de Serra, prevalecer o lançamento de Aécio Neves, mais competitivo que o governador paulista e representando o "novo", sem o estigma de perdedor e sem os "ranços" de continuismo da era neo-liberal de FHC, impedindo, destarte, uma disputa plebiscitária como é desejo do patrocinador da candidatura da Ministra Dilma.

(Escrito por Edson Paim)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lula inaugura obras do PAC em Minas Gerais


Agência Brasil/IZ
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega na manhã de hoje (22) a Governador Valadares, Minas Gerais, para inaugurar a Usina Hidrelétrica Baguari. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e irá gerar energia suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes quando estiver em pleno funcionamento, o que está previsto para 2010.

Faixas de saudação e frases como “O governo Lula é para todos” foram afixadas em postes do centro da cidade pelos integrantes do PT de Governador Valadares. Também há uma faixa de boas-vindas no aeroporto.

A Hidrelétrica de Baguari foi construída pelo consórcio formado pelas empresas Neoenergia, Cemig e Furnas e teve custo estimado em R$ 501 milhões.

Em Baguari foram usadas turbinas da classe bulbo, que permite a redução da área alagada, fator que contribui para amenizar o impacto ambiental da obra. Esse tipo de turbina também foi usado em Santo Antônio e em Jirau, as duas primeiras usinas do Rio Madeira.

No início, houve resistência às obras da hidrelétrica. Em 2007 o Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública com pedindo de paralisação do empreendimento, sob a alegação de que a licença prévia ambiental foi concedida por órgão estadual, quando deveria ter sido concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O MPF alertou para a presença do bioma Mata Atlântica na área de alagamento da usina. A ação acabou sendo julgada improcedente e em março deste ano foi arquivada.

Localizada no Rio Doce, região leste de Minas Gerais, a usina de Baguari abrange os municípios de Governador Valadares, Alpercata, Fernandes Tourinho, Iapu, Periquito e Sobrália.