Em meio ao racha na bancada do PSDB na Câmara, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), conseguiu reunir as duas alas do partido durante reuniões realizadas na Câmara nesta quarta-feira. Apesar dos 19 dissidentes do partido serem, em maioria, ligados ao governador José Serra (PSDB-SP), publicamente o grupo afirma que não há divisão entre Minas e São Paulo dentro do PSDB já com vistas à esperada disputa entre Serra e Aécio em 2010.
A rixa entre os deputados tucanos foi deflagrada depois da recondução do deputado José Aníbal (PSDB-SP) à liderança do partido na Câmara. O grupo de 19 deputados chegou a ameaçar ingressar na Justiça com ação contra a suposta manobra que teria levado Aníbal ao cargo, mas voltou atrás depois de encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nesta terça-feira --que conseguiu apaziguar os ânimos dos dissidentes.
O grupo promete manter a disputa somente no âmbito da Câmara, sem consequências que possam prejudicar o candidato do PSDB à presidência da República em 2010. Na Câmara, porém, os dissidentes estão dispostos a manter oposição ferrenha a Aníbal quando o líder agir em discordância com o pensamento dos 19 parlamentares.
"O líder quebrou a confiança, esse episódio foi a gota d'água. Ele lidera uma bancada de 36 deputados e nós, os 19, estamos em dissidência. A briga é só aqui", disse o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP).
Os dissidentes prometem fazer oposição mais ferrenha ao governo federal durante as votações em plenário. O grupo sustenta que Aníbal foi "complacente" com o Executivo durante votações de temas como a criação da TV Pública e do projeto que regulamentou as centrais sindicais.
"Quando acontecerem coisas desse tipo, nós vamos à tribuna fazer denúncias contra o governo. Podemos coincidir com o líder na maioria das coisas, mas quando não houver essa concordância, vamos agir de forma independente", disse Madeira.
Aníbal argumenta que não houve qualquer irregularidade na sua eleição para a liderança, uma vez que foi apoiado pela maioria da bancada. O líder também minimizou o encontro dos dissidentes com o ex-presidente FHC ao afirmar que o grupo "fala com o Fernando Henrique em qualquer momento e hora".
Agenda
Além do encontro com tucanos no Congresso, Aécio terá uma série de reuniões em Brasília nesta quarta-feira para discutir questões referentes a Minas Gerais.
O tucano discute com o ministro Nelson Jobim (Defesa) a ampliação do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Aécio também se reúne com os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no primeiro encontro com os novos comandantes do Congresso após as eleições das Mesas Diretoras das Casas Legislativas.
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) recomendou a Edmar Moreira (DEM-MG), o deputado do castelo, que renuncie à 2a.vice-presidência da Casa
A pedido de Temer, Edmar deve renunciar à 2ª vice
Temer trocou cinco telefonemas com Edmar ao longo deste domingo (8). Em timbre categórico, recomendou a interlocutor que deixe o cargo.
Numa das conversas, Temer disse a Edmar: “O melhor é que, amanhã [segunda-feira], já esteja na imprensa que você renunciou”.
A pedido de Temer, outros dois deputados que integram a Mesa diretora da Câmara tocaram o telefone para Edmar Moreira.
Ligaram Inocêncio Oliveira (PR-PE) e Nelson Marquezelli (PTB-SP), respectivamente segundo e quarto secretários da Mesa.
Repisando o pedido de Temer, Inocêncio e Marquezelli aconselharam Edmar a bater em retirada da segunda vice-presidência da Câmara.
Ao sentir que o chão lhe fugia dos pés, Edmar passou a admitir a renúncia ao cargo, para o qual fora eleito pelos colegas há escassos cinco dias.
Em com Temer, um dos filhos de Edmar, o deputado estadual Leonardo Moreira (DEM-MG) fez um pedido.
Disse que o pai gostaria de obter do DEM a garantia de que o partido não tentaria retirar-lhe o mandato.
Versado em matérias jurídicas, o advogado Temer deu, por meio do filho, um novo conselho a Edmar.
Recomendou que, após renunciar à segunda vice da Câmara, o deputado protocole no TSE um pedido de desfiliação do DEM, por incompatibilidade com a direção do partido.
Edmar Moreira terá de se apressar. O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), marcou para o final da manhã de terça (10) uma reuniao da Executiva do partido.
Vai à mesa a proposta de expulsão de Edmar Moreira. A decisão está tomada. O deputado será expurgado da legenda em procedimento sumário.
No início da noite deste domingo, em telefonemas a outros deputados, Edmar já jogava a toalha. Dizia que deve mesmo renunciar à segunda vice.
Confirmando-se a renúncia, Temer deve voltar atrás na idéia de retirar do âmbito da segunda vice-presidência as atribuições de corregedoria da Câmara.
Escrito por Josias de Souza às 19h59
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