terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Igualdade Racial » Primeira negra a chefiar universidade federal, Nilma Lino Gomes assume Seppir


Agência Brasil
Publicação: 23/12/2014 21:27 Atualização:

Mineira de Belo Horizonte, a nova ministra da Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, é pedagoga, graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1988. Concluiu o mestrado em educação também pela UFMG em 1994. É doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo (USP).

Mudou-se para Portugal onde fez o pós-doutorado em sociologia pela Universidade de Coimbra, em 2006.

Nilma Lino Gomes coordenou o Programa de Ações Afirmativas da UFMG.

Em abril de 2013, tornou-se a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade federal, ao ser nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab).

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Serás campeão: dez mandamentos para o momento histórico dos mineiros

Força em casa, apoio da torcida, capacidade de contratação, comprometimento tático e aposta em estrutura física ajudam a explicar soberania dos clubes do estado

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Os dois últimos anos colocaram Minas Gerais no epicentro do futebol brasileiro. Em 2013: Atlético-MG campeão da Libertadores, Cruzeiro campeão brasileiro; em 2014: Cruzeiro perto do bicampeonato nacional, ambos na final da Copa do Brasil. É um momento histórico para os dois gigantes de Belo Horizonte – e um fenômeno que certamente não é ocasional. Para chegar lá, foram respeitadas algumas leis do futebol, algumas regras que, quando combinadas, aproximam os clubes do mandamento que eles mais buscam: serás campeão.
2013:
Atlético campeão da Libertadores
Cruzeiro campeão brasileiro

2014:
Ambos na final da Copa do Brasil
Cruzeiro líder do Brasileirão
Abaixo, estão listadas algumas qualidades que, com maior ou menor intensidade, influenciam no sucesso recente dos dois clubes. São apostas em comum de Cruzeiro e Galo: força como mandante, identificação com a torcida, metodologia em contratações, continuidade, aposta em estrutura física, consideração com as categorias de base, confiança em referências dos torcedores, o mínimo de paz política, profissionalização do departamento de futebol e modernidade tática.

Não há nenhuma descoberta da roda nesses elementos. São pontos de conhecimento do universo do futebol. O que tem diferenciado os mineiros de boa parte de seus concorrentes é a capacidade de colocá-los em prática, como observa o técnico do Cruzeiro e ex-profissional do Atlético-MG, Marcelo Oliveira:

- O que acontece é uma combinação de aspectos positivos. São dois clubes tradicionais, de grande torcida, com bons estádios para jogar, com estrutura física muito boa, entre os três ou quatro melhores do Brasil nesse aspecto. Isso gera receita para formar bons grupos de jogadores, bons elencos, e tudo isso aliado a administrações seguras, equilibradas, que investem bem no futebol.

1º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)


Cruzeiro no novo Mineirão: 85,9%
Galo no novo Independência: 79,2%
Atlético-MG e Cruzeiro não têm um estádio próprio. Mas souberam se apossar de duas casas que viraram símbolos de sua força. O aproveitamento do Cruzeiro no Mineirão é de 85,9% desde a reabertura do maior palco de Minas Gerais, em 2013. O Atlético-MG, no Independência, chega a 79,2% desde que ele voltou a ser liberado para jogos, em 2012. No Horto, o Galo fez milagres e referendou boa parte da caminhada na Libertadores da América do ano passado. No Mineirão, o Cruzeiro arquitetou a conquista do Brasileirão do ano passado. Antes, quando os estádios estavam fechados, os clubes padeceram e chegaram a correr risco de rebaixamento no nacional.
2º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)
As torcidas dos dois clubes vêm se mostrando muito presentes. O Cruzeiro tem a terceira melhor média de público do Brasileirão, com 27.136 pagantes por jogo. No ano passado, foi quem mais levou torcedores ao estádio no campeonato: 28.911 pagantes por partida. Em 2014, o Atlético-MG lidera no quesito ocupação, com 70%. A Raposa também vai muito bem em número de sócios. Tem mais de 65 mil – o terceiro maior quadro associativo do país, atrás apenas de Inter e Grêmio. O Galo pode melhorar nesse ponto: é o nono com mais sócios, com mais de 33 mil torcedores formalmente ligados ao clube.
torcida atletico-MG independencia (Foto: Mauricio Paulucci)Torcida do Atlético-MG: apoio incondicional ao time no Independência (Foto: Mauricio Paulucci)


3º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)


Ricardo Goulart, meia do Cruzeiro, comemora gol contra o Criciúma (Foto: Gualter Naves / Light Press)Ricardo Goulart é exemplo do modo cruzeirense de contratar (Foto: Gualter Naves / Light Press)
Sabedoria no processo de contratações é determinante para uma temporada de sucesso. O Cruzeiro conseguiu montar um elenco exemplar, com ao menos dois jogadores do mesmo nível em quase todas as posições. O banco de reservas do time celeste tem jogadores como Ceará, Manoel, Bruno Rodrigo, Júlio Baptista, Dagoberto e Borges. O clube aposta preferencialmente em jogadores com potencial de evolução – Everton Ribeiro e Ricardo Goulart são casos exemplares. Quando o mercado oferece opções mais caras, mas viáveis, o clube vai atrás – é o que aconteceu com Dedé, por exemplo.

- O Cruzeiro fez um planejamento, contratou jogadores que deram resultado, trouxe grandes jogadores. Fez um planejamento legal. Os jogadores vieram, deram conta do recado. Isso soma. O momento é bom porque teve um planejamento, uma escolha certa dos jogadores – resumiu o volante Henrique.

O Atlético-MG é menos sistemático em suas aquisições. Alexandre Kalil assumiu a presidência do clube em outubro de 2008 e já naquela época dizia que seria cirúrgico nas compras. Dois anos depois, porém, já tinha adquirido mais de 60 atletas – e dispensado quase metade deles. Mas aprendeu com os erros. Em 2012, por exemplo, só buscou 11 atletas. No ano seguinte, foram mais dez. Em 2014, menos ainda: nove. A diretoria costuma apostar em nomes mais consagrados. Alguns deram certo, casos de Ronaldinho, Victor e Diego Tardelli, e outros funcionaram bem menos – Diego Souza é um exemplo.

4º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)
Cuca ficou dois anos e meio no Atlético-MG. Até ser campeão da Libertadores de 2013, viveu maus bocados – incluindo a goleada de 6 a 1 para o Cruzeiro na última rodada do Brasileirão de 2011. Poderia ter sido demitido, mas a diretoria decidiu mantê-lo. Colheu os frutos em um futuro breve, com o maior título da história do clube. Cuca só saiu em dezembro de 2013, por decisão própria. O Galo até tinha anunciado renovação com ele. Depois, porém, manteve Paulo Autuori por menos de cinco meses.

No Cruzeiro desde o início de 2013, Marcelo Oliveira é o técnico da Série A há mais tempo no comando de um clube. A exemplo de Cuca, ele resistiu a momentos complicados para alcançar títulos. No começo de seu trabalho, perdeu o Campeonato Mineiro para o rival. E foi mantido para, na sequência, arrancar rumo à conquista folgada do Brasileirão. Eliminações em competições como a Copa do Brasil do ano passado e a Libertadores de 2014 não tiveram força para abalar a confiança no treinador.

Marcelo Oliveira comandou o Cruzeiro na vitória sobre o Botafogo no Mineirão (Foto: Gualter Naves/Light Press)Marcelo Oliveira é o técnico da Série A há mais tempo no comando de um time (Foto: Gualter Naves/Light Press)


5º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)
A estrutura física é forte trunfo dos dois clubes. Eles têm centros de treinamento invejáveis. A Cidade do Galo foi eleita em 2010, em estudo feito pela Universidade de Viçosa e pelo SporTV, como melhor sede do futebol brasileiro. Recebeu a Argentina na Copa do Mundo. A Toca da Raposa II, do Cruzeiro, ficou em terceiro. Nos locais, os jogadores encontram ampla estrutura de campos, hospedagem, alimentação, medicina e fisioterapia. Além disso, desfrutam de total privacidade para trabalhar. São locais bastante isolados, com entrada restrita.

- O Cruzeiro tem uma estrutura excepcional. Dá para contar numa mão os clubes com a estrutura do Cruzeiro. A estrutura física dá total condição: quatro campos, piscina térmica, academia que foi ampliada, um hotel como poucos, com conforto, tranquilidade, espaço. O Cruzeiro tem dado as condições para esse trabalho - diz Marcelo Oliveira.

6º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)
Alisson, Mayke, Lucas Silva. Alguns dos expoentes do Cruzeiro na temporada saíram da base da Raposa. Mesmo tendo força no mercado, mesmo sendo um comprador, o clube celeste permite que seus talentos ganhem espaço aos poucos e até desbanquem atletas mais badalados. No Atlético-MG, destacam-se nomes como o atacante Carlos, o zagueiro Jemerson e o lateral-direito Marcos Rocha. O Galo é o atual campeão da Copa do Brasil Sub-17 e tem ido longe em outros torneios da base: vice da Copa do Brasil Sub-20 de 2012 e semifinalista do torneio em 2013 – além de semifinalista da Copa São Paulo em 2014. O Cruzeiro é o atual bicampeão mineiro sub-20 e ganhou o Brasileiro da categoria em 2012.
Carlos gol Atlético-MG x Flamengo (Foto: Cristiane Mattos / Futura Press)Carlos é revelação das categorias de base do Atlético-MG (Foto: Cristiane Mattos / Futura Press)


7º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)
São duas equipes que têm em campo figuras que funcionam como extensão da torcida – algo importante para a harmonia entre campo e arquibancada. Diego Tardelli é adorado pela torcida atleticana. É uma liderança do elenco, age como referência técnica do time e se mantém como símbolo dos torcedores no gramado. É uma relação parecida com a que os cruzeirenses alimentam com Fábio. Maior ícone dos últimos anos no clube, o jogador completou no último domingo, contra o Criciúma, a marca de 600 jogos pela Raposa. É o terceiro jogador com mais partidas pelo clube. 
fabio cruzeiro e Palmeiras Pacaembu (Foto: Mauro Horita / Globoesporte.com)Fábio tem 600 jogos pelo Cruzeiro: terceiro com mais partidas na história do clube (Foto: Mauro Horita/Globoesporte.com)


8º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)
É rotineiro que grandes clubes brasileiros vivam turbulências políticas, disputas por poder, trocas de acusações entre situacionistas e opositores. Atlético-MG e Cruzeiro, porém, vivem certa harmonia nos últimos anos. Alexandre Kalil assumiu a presidência do Galo em outubro de 2008, depois da renúncia de Ziza Valadares. Reelegeu-se em 2011, com quase quatro vezes mais votos que o segundo colocado na disputa. Agora, deve passar o cargo a seu vice, Daniel Nepomuceno, enorme favorito a vencer o pleito em dezembro.

No Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares experimenta conforto parecido. Foi eleito presidente no segundo semestre de 2011 e assumiu o cargo no ano seguinte. No início do mês passado, conquistou a reeleição sem sequer precisar entrar em uma disputa eleitoral. Foi aclamado. Não houve chapa de oposição. Ele fica mais três anos no cargo.

9º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)


Carlinhos Neves, preparador físico Atlético-MG (Foto: Flickr \Atlético-MG)Carlinhos Neves é preparador físico fixo do Atlético-MG (Foto: Flickr \Atlético-MG)
Os rivais se notabilizam por ter bons departamentos de futebol. Ambos têm diretores remunerados na pasta, responsáveis por comandá-la – Alexandre Mattos no Cruzeiro e Eduardo Maluf no Atlético. Cabe a eles otimizar os processos de contratações, diminuir margens de erros e criar mecanismos de profissionalização do departamento. No Galo, a influência presidencial no vestiário é maior – o que fatalmente tira certo poder do diretor responsável. A Raposa tem o futebol mais livre das influências do comandante máximo do clube.

Os dois departamentos se sustentam em profissionais fixos do clube, que mantêm seus cargos independentemente de trocas de treinadores. No Galo, o preparador físico Carlinhos Neves e o preparador de goleiros Chiquinho não são indicação de Levir Culpi. Já estavam lá antes. Ou seja, é o treinador que precisa se encaixar na comissão técnica, não o contrário.

O Cruzeiro também tem boa base fixa. Mas Marcelo Oliveira acrescentou três profissionais de sua preferência à estrutura: o preparador físico Juvenilson de Souza e os auxiliares Tico dos Santos e Ageu Gonçalves.

São setores bastante recheados de especialistas. O Cruzeiro se permite o luxo de ter quatro fisioterapeutas. O Atlético-MG tem até dentista e podóloga.

10º mandamento - atletico-mg x cruzeiro (Foto: Infoesporte)
Obediência tática, entrega à coletividade e muita intensidade nas ações são marcas dos times de Atlético e Cruzeiro em campo. Os dois jogam em um 4-2-3-1 solidário, com os atacantes ajudando na marcação e o setor ofensivo oferecendo trocas sistemáticas de peças para atrapalhar a marcação adversária.

- Outro fator que ajuda a explicar o sucesso de futebol mineiro é a intensidade tática de Cruzeiro e Galo. Na execução de seus esquemas de jogo, o coletivo sobressai ao individual, e os times atuam com intensidade: muita velocidade e máxima concentração de quem joga – comenta Leonardo Miranda, blogueiro do GloboEsporte.com.

São duas equipes de vocação ofensiva. A velocidade é uma arma no Cruzeiro, e a troca de posições é frequente no Galo.

- O elenco do Galo é muito bom, e desde a Libertadores, com o Cuca, a gente mantém esse esquema. O jogador na frente tem que marcar, tem que ter essa ideia na cabeça: voltar para ajudar, assim como a defesa nos ajuda na frente. É isso que o Levir procura fazer. Temos um grupo coeso. Quando perdemos a bola, já apertamos para roubar novamente – opina o meia Maicossuel.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Como Minas derrubou Aécio

28/10/2014 9:40

Por Leandro Mazzini - de Brasília

Aécio Neves
Aécio Neves

Aécio  Neves  está  um  poço  de  mágoas  com  os  eleitores  mineiros.  Perdeu  para  apresidente  Dilma  no  Estado  nos  dois  turnos.  Ontem,  tucanos  estupefatos  com  o resultado no reduto eleitoral que Aécio governou por dois mandatos começaram a fazer o mea culpa sobre os motivos da derrota: excesso de confiança no voto personificado;não colocou a militância nas ruas; não investiu no Norte e Nordeste do Estado, bolsões ainda com baixo IDH e alvo do Bolsa-Família; e principalmente não tem o apoio dos prefeitos das principais cidades do interior: Uberlândia, Uberaba e Juiz de Fora.

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Com Equipe DF e SP

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DILMA É MINEIRA, UAI !!!

Norte e Sul: Dilma vence em 15 estados, Aécio em 12


Dilma venceu na maioria dos estados do norte e nordeste, Aecio, nos estado do sul e do sudeste - foto: Agencia Brasil.
Dilma venceu na maioria dos estados do norte e
 nordeste, Aécio, nos estado do sul e do sudeste 
– foto: Agencia Brasil.
A divisão no resultado das eleições presidenciais refletiu-se nos estados. 
Das 27 unidades da Federação, a candidata do PT, Dilma Rousseff, venceu em 15 e o candidato do PSDB, Aécio Neves em 12.
Dilma venceu nos estados de Alagoas, do Amazonas, do Amapá, da Bahia, do Ceará, do Maranhão, de Minas Gerais, do Pará, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Sergipe e do Tocantins. Os melhores resultados foram obtidos no Maranhão (78,76%), no Piauí (78,29%) e no Ceará (76,75%).
Aécio Neves ganhou a disputa no Distrito Federal e nos estados do Espirito Santo, de Goiás, de Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso, do Paraná, de Rondônia, de Roraima, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo. Os estados que mais deram vantagem ao tucano foram Santa Catarina (64,59%), São Paulo (64,31%) e Acre (63,86%, com resultado parcial).
No estado natal dos dois candidatos, Minas Gerais, Dilma derrotou Aécio. Dilma ficou com 52,41% dos votos e Aécio, com 47,59%. De um universo de 15,2 milhões de eleitores, a petista venceu o tucano por uma diferença de 550,5 mil votos.
Embora nascida em Minas, Dilma começou a carreira política no Rio Grande do Sul. No estado, onde tem domicílio eleitoral, a presidenta obteve 46,47% dos votos, contra 53,53% do adversário. Em um colégio de 8,4 milhões de eleitores, Aécio venceu Dilma por 455 mil votos de diferença.
Por Agência Brasil

quinta-feira, 23 de outubro de 2014


Minas 247 – A presidente Dilma Rousseff (PT) lidera as intenções de voto no reduto eleitoral do seu adversário Aécio Neves (PSDB). De acordo com pesquisa Vox Populi, a petista alcança 44% do eleitorado mineiro contra 41% do tucano, que governou o estado de 2003 a 2010. A estatística é referente à votação estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos.
No primeiro turno da eleição, Dilma também venceu Aécio em Minas por 43% dos votos válidos contra 39% do senador. O estado é o segundo maior colégio eleitoral do País e será decisivo na votação deste segundo turno.
Conforme o levantamento, Dilma vence por 50% a 35% entre os eleitores mineiros com renda de até dois salários mínimos. Na faixa entre dois até cinco salários mínimos, o tucano vence a petista por 43% a 42%. Aécio também alcança mais votos entre os mineiros com renda superior a cinco salários mínimos (52% a 35%).
Avaliação do governo
De acordo com o levantamento, 8% dos entrevistados consideram "ótimo" o governo da presidente Dilma. Os eleitores que acham regular somam 34%; ruim/péssimo, 36%, e não sabem/não responderam, 2%.
A pesquisa foi realizada com 1.600 eleitores, em 91 municípios mineiros, no dias 19 e 20 deste mês. O levantamento tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos e foi protocolado na Justiça Eleitoral sob o número BR-001150/2014. O nível de confiança é de 95%.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Aécio tem 46%, e Dilma, 44%, diz 1ª pesquisa Ibope do segundo turno

Levantamento com 3.010 pessoas foi realizado entre 7 e 8 de outubro.
Margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Do G1, em São Paulo
Ibope presidente VALE (Foto: Arte/G1)
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (9) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto no segundo turno da corrida para a Presidência da República:
Aécio Neves (PSDB): 46%
Dilma Rousseff (PT): 44%
- Branco/nulo/nenhum: 6%
- Não sabe: 4%
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Na margem de erro, os candidatos estão empatados tecnicamente. É o primeiro levantamento divulgado pelo instituto no segundo turno da eleição presidencial.
Votos válidos
Se forem excluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, mesmo procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição, os índices são:
Aécio - 51%
Dilma - 49%
Na margem de erro, os candidatos estão empatados tecnicamente.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 205 municípios de 7 e 8 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01071/014.
1º turno
No primeiro turno, Dilma teve 41,59% dos votos válidos e Aécio, 33,55% (veja os números completos da apuração no país).

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Dilma cresce em MG e trava disputa com Aécio na reta final




Nos dois últimos dias de campanha, os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) escolheram Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país (10,5% do eleitorado), para pedir votos.

Nesta sexta-feira (3) e sábado (4), os dois candidatos estarão em campanha no Estado, cada um com objetivo diferente.

Dilma viu suas intenções de voto crescerem em Minas em seis dias, mantém a liderança no Estado e, agora, busca somar pontos para tentar a vitória ainda no primeiro turno.

Aécio se manteve estacionado no segundo lugar e tenta crescer em sua base eleitoral para ir ao segundo turno contra a presidente petista.

Segundo pesquisa Datafolha, Aécio tem 29% das intenções de voto em Minas, ante 42% da petista. Na pesquisa anterior, o tucano tinha o mesmo percentual, enquanto Dilma cresceu seis pontos percentuais. Ela foi a única que cresceu.

A candidata do PSB, Marina Silva, oscilou dois pontos para baixo: 19% para 17%. A pessebista reservou esta sexta-feira para fazer carreata no Rio de Janeiro junto com seu vice, Beto de Albuquerque.

Neste sábado, Dilma participará de uma caminhada no centro de Belo Horizonte ao lado do candidato do PT ao governo do Estado, Fernando Pimentel, que deverá vencer no primeiro turno –segundo o Datafolha, ele tem 45%, contra 27% do candidato do PSDB, Pimenta da Veiga.

MARATONA MINEIRA

Na tarde desta sexta, Aécio concentra a sua agenda em quatro aglomerados urbanos de Belo Horizonte. São vilas e favelas da capital mineira –Dilma esteve numa delas, o aglomerado da Serra, na segunda-feira (29).

Neste sábado (4), enquanto a presidente estiver em Belo Horizonte, o senador irá percorrer quatro cidades da região metropolitana de BH (Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Contagem e Betim).

Apesar de Dilma ter crescido seis pontos no Estado, na capital mineira a petista ainda perde para Aécio, embora também tenha crescido nove pontos em BH. Segundo o Datafolha, o tucano tem 38% de intenção de voto na cidade, contra 31% da presidente.

No levantamento da semana passada, Aécio tinha 36% –oscilou dois pontos para cima, dentro da margem de erro. Dilma tinha 22% e agora aparece com 31%. Marina caiu de 20% para 16%.

A disputa pela vaga no segundo turno das eleições ficou ainda mais acirrada depois que o Datafolha indicou empate técnico entre Marina e Aécio no cenário nacional.

O instituto mostrou que Marina está numericamente à frente com 24%, enquanto Aécio aparece com 21%. Dilma lidera com 40%.

Folha.com

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Aécio e Neném Prancha

RIO DE JANEIRO - Para alegria do mercado –esse ser sem rosto que ganha da imprensa feições oraculares– e de alguns colunistas, Aécio Neves reagiu nas pesquisas. Mas, segundo o Datafolha, são remotas suas chances de passar ao segundo turno.
Parece faltar ao tucano a sabedoria do filósofo do futebol Neném Prancha, que dizia: "Jogador de futebol tem que ir na bola com a mesma disposição com que vai num prato de comida. Com fome, para estraçalhar".
Antonio Franco de Oliveira (1906-1976), o Neném Prancha, foi roupeiro do Botafogo e protagonista do futebol de praia carioca. Mesmo que parte das frases atribuídas a ele tenha sido criada por João Saldanha –como "Se concentração ganhasse jogo, o time do presídio não perdia uma partida"–, conquistou no Rio a aura de sábio popular.
Aécio é presidenciável há, pelo menos, quatro anos. Ainda assim, não apresentou até agora um programa de governo –Dilma também não, mas tem o atenuante de poder ser julgada pelo que fez no cargo.
A única bandeira que o tucano ergue com afinco é a do antipetismo. Como já apontaram Elio Gaspari e outros, quer converter os convertidos, imaginando que os votos de quem odeia o PT contem em dobro.
Dilma e Marina merecem várias críticas, mas têm a seu favor a gana de viver e vencer de quem já sentiu o cheiro da morte. A primeira sobreviveu às torturas e à prisão na ditadura militar; a segunda, tal qual Lula, superou a pobreza extrema. Estão na campanha com fome.
O bem nascido Fernando Henrique também era guloso porque via o topo do poder como o único lugar à sua altura. Aécio já entrou na vida pública como neto de presidente (não empossado, mas eleito). Parece satisfeito com o muito que tem. Prato de comida, para ele, é o dos restaurantes de luxo que frequenta no Rio.

Luiz Fernando Vianna Luiz Fernando Vianna, carioca, jornalista, foi repórter e coordenador de produção da Sucursal do Rio. É autor de livros sobre música popular brasileira , entre eles "Geografia Carioca do Samba" e "Aldir Blanc - Resposta ao Tempo". Escreve às segundas e sextas.

sábado, 20 de setembro de 2014

Ex-senador e ex-vice de Aécio é suspeito em esquema de desvio de dinheiro

Bruna Borges
Do UOL, em Brasília
  • Carlos Rhienck
    O ex-senador e ex-vice-governador Clésio Andrade (PMDB-MG) O ex-senador e ex-vice-governador Clésio Andrade (PMDB-MG)
O ex-senador Clésio Andrade (PMDB-MG) é suspeito de fraudar um documento para justificar gratificações investigadas pela Polícia Civil como parte de esquema de desvio de dinheiro de pelo menos R$ 20 milhões do Sest (Serviço Social do Transporte) e do Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte).
Clésio, que foi vice do presidenciável Aécio Neves no primeiro mandato do governo do tucano em Minas Gerais (2003-06), é investigado pela operação São Cristovão, da Polícia Civil do Distrito Federal em parceria com o Ministério Público do DF e de Minas Gerais, deflagrada nesta sexta-feira (19). Clésio atualmente apoia o governo Dilma Rousseff.
Foi emitido um mandado de busca e apreensão na casa do ex-senador em Belo Horizonte e um mandado de condução coercitiva, quando o investigado é encaminhado à polícia para prestar esclarecimentos, mas ele ainda não foi encontrado. 

Operação apreende carros de luxo e dinheiro


Segundo o delegado Fábio Santos de Souza, da Polícia Civil, há indícios de que Clésio alterou um ato normativo das instituições para explicar gratificações pagas a diretoras que foram atípicas. Chamou atenção a discrepância entre a remuneração de delas e seu padrão de vida, com carros luxuosos e mansões. A polícia também suspeita que dinheiro das instituições para prestação de serviços foi desviado do sistema Sest/Senat por elas.
Caso a investigação comprove que o ex-senador fraudou o documento ele pode ser indiciado por falsidade ideológica. O UOL não conseguiu localizar o ex-parlamentar.
Para o delegado, é "prematuro" afirmar que Clésio chefiava o esquema. O ex-senador era presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte) até abril deste ano. O sistema Sest/Senat são administrados pela CNT.
O ex-parlamentar também é acusado de participar do mensalão tucano. Ele é ex-sócio da SMPB e do publicitário Marcos Valério e responde pelos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro em desvio de verbas de publicidade para o financiamento da campanha de Eduardo Azeredo, de quem foi candidato a vice em 1998.
Ele renunciou ao Senado em julho alegando problemas de saúde. Com a renúncia seu processo sobre o mensalão tucano para a primeira instância de Minas Gerais.

Operação São Cristovão

Na operação de hoje foram presas Maria Pantoja, que foi diretora-executiva no Sest/Senat entre 1995 e 2013 e atualmente trabalha em uma diretoria ligada à CNT, a coordenadora de contabilidade, Jardel Soares, a coordenadora de administração, Nilmara Chaves, e a assessora especial da editoria-executiva Anamary Socha. O UOL não conseguiu contato com os advogados de defesa.
Também foram apreendidos nas casas dos investigados 16 carros, a maioria de luxo e dinheiro vivo. Na casa de um dos prestadores de serviço, foram encontrados R$ 180 mil fora de um cofre, que ainda não foi aberto.
Entre as movimentações financeiras que chamaram atenção da polícia há o pagamento de mais de R$ 1 milhão por ano para um funcionário que cuidava de plantas da sede do Sest/Senat. Também há o pagamento de cerca de R$ 2 milhoes a um lava-jato.
A investigação começou quando foi feita uma auditoria feita pela CGU (Controladoria-Geral da União) nos rendimentos de funcionários. 

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