O rompimento da barragem de Fundão, que pertence à mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, afetou outras localidades de Mariana, além do leito do Rio Doce. Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades de Minas Gerais e no Espírito Santo e chegou ao mar. Dezenove pessoas morreram. Um corpo ainda está desaparecido. O desastre ambiental é considerado o maior e sem precedentes no Brasil.
De acordo com o promotor, os denunciados da Samarco cometeram crimes ambientais de poluição ambiental, omissão na adoção de medidas de prevenção a desastres, associação criminosa e dificultar ou impedir a atuação de órgãos de proteção ao meio ambiente.
A denúncia foi oferecida à Justiça no dia 10 de março. Marcos Paulo Miranda explicou que a ação está na Vara Federal de Ponte Nova, fixada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) como competente provisoriamente para ações a respeito do rompimento da barragem.
Os processos relacionados ao desastre estão suspensos até que o STJ julgue o conflito de competência em definitivo. Entre os processos está o inquérito da Polícia Civil, que indiciou sete pessoas por 19 homicídios, e o inquérito da Polícia Federal, que indiciou as empresas Samarco, Vale e VogBR e mais sete executivos e técnicos da Samarco e da VogBR pelo rompimento.
"Essa ação é desastrosa para a população que foi atingida, porque a União não tem nenhum bem dela, com exceção do meio ambiente em geral, atingido. Mas quando ela propõe uma ação dessas e pede que a Justiça Federal considere todos os danos englobados naquela ação, ela tira do cidadão que foi vítima a possibilidade de diálogo, e foi isso que aconteceu", argumentou Carolina.
Mar de Lama Nunca Mais
A proposta foi elaborada pela força-tarefa do Ministério Público de Minas Gerais que atua nas investigações da tragédia em Mariana. A meta é alcançar 30 mil adesões até o mês de junho. Outras informações aqui.
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Postado por: Ygor I. Mendes