sábado, 11 de janeiro de 2014

Aliado em vários Estados, PSDB diz que Rede “é problema de Campos”

Por Brasil Econômico - Gilberto Nascimento |   lendo
                 

Deputado Marcos Pestana, presidente do PSDB de Minas Gerais, espera que Campos resolva as divergências com Marina na hora de formar os palanques regionais

Brasil Econômico
O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas Gerais e um dos políticos mais próximos ao senador Aécio Neves, vê o PSB como um importante aliado em vários Estados, mas não quer nem ouvir falar das diferenças entre o partido de Eduardo Campos e a Rede, grupo de Marina Silva que se uniu aos socialistas depois de não conseguir registro para a eleição deste ano. O PSB quer manter parcerias regionais com os tucanos, mas a Rede prefere se firmar com uma terceira via, e, por isso, se afastar cada vez mais do PSDB. Segundo Pestana, Aécio, pré-candidato tucano, tem conversado com Campos, governador pernambucano e pré-candidato socialista, em busca de pontos de convergência. “Eles são dissidentes e nós de oposição. Temos em comum a convicção do esgotamento do modelo encabeçado pelo PT”, diz. Pestana espera que Campos resolva as divergências com Marina na hora de formar os palanques regionais. “A gente vem da tradição do PSD de JK e do PMDB de Ulysses e Tancredo, da arte da política, do diálogo com os diferentes. Mas há quem acredite que pode se aproximar apenas dos iguais”, critica.
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Para Pestana, o PSB deve retribuir em Minas e no Paraná o apoio recebido nas eleições de 2012. Em Belo Horizonte, Aécio ajudou na reeleição do socialista Márcio Lacerda, que venceu o ex-prefeito Patrus Ananias (PT), apoiado por Lula. Em Curitiba, o governador Beto Richa (PSDB) insistiu em Luciano Ducci (PSB), que havia sido seu vice e se tornou prefeito quando o tucano saiu para concorrer ao governo. “A decisão custou a saída de Gustavo Fruet, que ganhou a eleição aliado ao PT”, diz. Em São Paulo, o PSB está no governo de Geraldo Alckmin, mas a Rede e a deputada Luiza Erundina são contra a sua reeleição. Pestana acredita na habilidade de Alckmin para resolver isso. O político mineiro admite dificuldades no Rio, onde os dois não têm nome forte e os principais candidatos são governistas. Na Rede, o favorito é Miro Teixeira (PROS).
O papa apoia as CEBs no Brasil
O papa Francisco enviou mensagem aos participantes do 13º. Encontro das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), iniciado ontem, em Juazeiro do Norte (CE). O encontro vai até o dia 11 e reúne quatro mil pessoas, representando cem mil comunidades de 272 dioceses do Brasil. O tema é “Justiça e Profecia a Serviço da Vida”. Lembrando o documento de Aparecida (do encontro do episcopado latino-americano no Brasil, em 2007), o papa disse que as Cebs permitem ao povo “chegar a um conhecimento maior da palavra de Deus”. Para o papa, as CEBs “trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja”. Francisco observou, no entanto, que elas não devem perder “o contato com esta realidade muito rica da paróquia local e que se integrem de bom grado na pastoral orgânica da Igreja particular”. Seu antecessor, Bento XVI, não era um ardoroso defensor das CEBs. Longe disso.
Quilombolas agredidos em área de férias de Dilma
A ONG Justiça Global denunciou agressão a quilombolas na área conhecida como Rio dos Macacos, em Salvador, onde a presidente Dilma passou férias. O caso será denunciado à ONU e à OEA. Ontem, os irmãos Ednei e Rosi Meire da Silva foram espancados, humilhados e presos quando passavam por uma guarita da Marinha, segundo a ONG. Os dois já se encontraram anteriormente com Dilma.
Uma ideia desinteressada
Aliado do governador Geraldo Alckmin e defensor da ideia de que o tucano indique uma mulher para vice, o líder petebista na Assembleia paulista, Campos Machado, organizará dez encontros regionais femininos do seu partido no Estado. Quer fortalecer o PTB Mulher, hoje com mais de 50 mil filiadas. Na verdade, ele já tem na manga o nome que considera ideal para Alckmin, caso ele aprove a proposta de uma vice: Marlene Campos Machado, sua esposa.
Secretários querem colher os louros em Santa Catarina
O deputado licenciado Paulo Bornhausen (PSB) e outros quatro secretários do governador Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina, conseguiram adiar ao máximo a desincompatibilização para concorrer às eleições. Esperam tirar dividendos eleitorais de inaugurações e lançamentos de programas até abril, data-limite para deixarem os cargos.
Randolfe Rodrigues, senador (AC) e pré-canditado do PSOL à Presidência, sobre o colega do PMDB: “Pedro Simon é farol que me ilumina. Inspira desde o meu pai, que se espelhava na atuação dele como deputado no Rio Grande do Sul”.
Com Leonardo Fuhrmann

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