quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Dilma quer que Samarco, Vale e BHP arquem com custos de tragédia

Lisandra Paraguassu
Em Brasília
Ouvir texto
0:00
Imprimir Comunicar erro
  • Antonio Cruz/Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff irá na quinta-feira sobrevoar as cidades de Mariana (MG), onde fica o distrito de Bento Rodrigues, destruído pelo rompimento das barragens de rejeitos da mineradora Samarco há uma semana, e Colatina (ES), que deve ser ainda atingida pela lama vinda pelo Rio Doce, informou a Presidência.
Havia a expectativa que a presidente fosse ao local da tragédia logo depois, ainda no último final de semana, o que não aconteceu. Desde então, Dilma vem sendo cobrada nas redes sociais. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, irá com a presidente.
O governo quer encontrar meios de responsabilizar a Samarco e a Vale pela reconstrução das cidades atingidas e pela manutenção do abastecimento de água em toda a região. A Samarco é uma joint venture da Vale com a mineradora anglo-australiana BHP Billiton.
Uma decisão da Justiça de Minas Gerais determinou que a empresa já mantenha o abastecimento de Governador Valadares, uma das cidades banhadas pelo rio Doce, que foi Contaminado pela lama da barragem destruída.  
O rompimento da barragem aconteceu há uma semana e destruiu completamente o distrito de Bento Rodrigues. Até agora, já foram confirmadas oito mortes e 21 pessoas ainda estão desaparecidas.
Em entrevista nesta quarta-feira, Izabella confirmou que o governo analisa punições às empresas envolvidas.
"A responsabilidade ambiental é da empresa", afirmou a ministra, acrescentando que os governos federal e estadual estão estudando a base legal para tomar as providências.
O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, se reunirá com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, para tratar da situação em Mariana.
Ampliar

Rompimento de barragens em Mariana (MG) deixa mortos e desaparecidos113 fotos

91 / 113
9.nov.2015 - Escombros da vila de Bento Rodrigues, destruída por uma enxurrada de lama após rompimento de barragens nos município de Mariana (MG). A cena na região é digna da passagem de um furacão. Há casas sem telhado, preenchidas quase por completo de lama, e carros lançados metros adiante. Só as casas mais afastadas ainda têm telhado Leia mais Moacyr Lopes Junior - 8.nov.2015/Folhapress

Veja também

Nenhum comentário: