Diário Catarinense
Partidos pretendem evitar que possível racha prejudique palanque de Dilma Rousseff no Estado
Sem levar em conta a disputa entre os petistas mineiros, líderes do PMDB e PT fecharam um acordo para que os dois partidos lancem um único candidato ao governo de Minas Gerais nas eleições deste ano. O arranjo é para evitar que um racha entre os partidos prejudique o palanque no Estado da pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, e fortaleça as candidaturas da oposição no segundo maior colégio eleitoral do país.
Segundo o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccareza (SP), o candidato ao governo de Minas deve ser anunciado até o dia 9 de maio. – Decidimos que ficaremos todos juntos em Minas. Será um único palanque, um único candidato da base ao governo, disse.
A expectativa é de que o senador e ex-ministro Hélio Costa (PMDB-MG) seja o candidato e um petista seja indicado para a vaga ao Senado. Lideres do PT e do PMDB avaliam que seria muito difícil convencer um petista a ficar com a vice de Costa.
O entendimento foi fechado na noite de ontem em um jantar na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), no qual os peemedebistas pressionaram para que o PT recuasse e desistisse das prévias para escolher o candidato. Os petistas decidiram manter a disputa interna pela indicação para a chapa majoritária.
Vaccareza negou que o acordo tenha sido uma imposição.
– O PT é um partido nacional. O PT tem tradição de decidir a situação em Minas. Não houve nada incomum, afirmou.
Os peemedebistas estavam incomodados com a movimentação dos tucanos no Estado, o ex-governador Aécio Neves e o atual Antonio Anastásia que estão em pré-campanha.
As prévias vão definir o nome peemedebista
Na avaliação do PMDB, a divisão em Minas Gerais poderia ser estendida a outros palanques prejudicando ainda mais a formação da aliança nacional. O PT mineiro anunciou na segunda-feira que fará prévias para escolher o candidato que será indicado pelo partido para a chapa majoritária. Na disputa estão Patrus Ananias, ex-ministro do Desenvolvimento Social, e Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.
A inscrição de Pimentel expõe indícios de um PT rachado em Minas. A legenda busca consenso desde que Patrus insistiu em concorrer ao governo do Estado, embora a diretório nacional do PT considerasse apoiar o ex-ministro Hélio Costa.
CÂNDIDO VACCAREZA, Líder do PT na Câmara
Decidimos que ficaremos todos juntos em Minas Gerais. Será um único palanque, um único candidato da base do governo.
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