Rayder Bragon
Especial para o UOL Eleições
Em Belo Horizonte
O pré-candidato do PMDB ao governo de Minas Gerais, o ex-ministro Hélio Costa, rebateu duramente declaração da senadora licenciada Marina Silva, pré-candidata do PV à sucessão presidencial, que disse ontem em Belo Horizonte ser o PT refém da “pior parte do PMDB”, situação considerada análoga por ela à do PSDB com o DEM.
“Todo mundo tem o direito de falar uma bobagem pelo menos uma vez por semana. Ela usou Belo Horizonte para falar a bobagem dela”, disparou Hélio Costa após encontro no final da tarde desta sexta-feira (7) com o prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda (PSB), que recebeu o peemedebista para lhe apresentar projeto de transporte viário na cidade.
O ex-ministro defendeu o seu partido ao afirmar que a legenda “só pode ser lembrada pelos homens que fizeram a história desse país, que fizeram a história desse regime democrático”.
Costa admitiu que todas as legendas têm “lado ruim”. Mas em seguida disse o que considera reprovável no partido da pré-candidata. "O partido da Marina tem um lado muito ruim, que prejudica o desenvolvimento nacional, que atrapalha todos aqueles que estão construindo pela comunidade”, disse.
Sucessão estadual
Hélio Costa também falou sobre o entendimento que tenta com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, pré-candidato do PT ao governo estadual. Costa, cujo partido defende pesquisas eleitorais para indicar o cabeça de chapa da base aliada de Lula em Minas Gerais, admitiu que novos quesitos poderão influenciar a decisão.
Nesta semana, integrantes das cúpulas nacionais de PT e PMDB fecharam acordo sobre palanque único no Estado e definiram o dia 6 de junho como data final para o anúncio do nome majoritário que vai disputar a sucessão local. O presidente Lula teria batido o martelo em favor de Costa para não melindrar apoio peemedebista à pré-candidata petista.
“A avaliação de candidatos tem de seguir uma séria de conceitos, um deles é a pesquisa. Acho que estamos no caminho certo, estamos avaliando as pesquisas qualitativas e as quantitativas, avaliando as nossas lideranças em todas as regiões de Minas Gerais. Não é tão simples dizer: fulano está à frente das pesquisas, ele deve ser o candidato”, afirmou.
O ex-ministro revelou que equipes tanto do PT quanto do PMDB estão sendo montadas para já trabalhar no programa de governo e no roteiro de viagens pelo Estado. “Estamos nos entendendo, estamos conversando, estamos chegando a um entendimento muito bom e vamos ter todos os partidos da base aliada no mesmo palanque, junto com a (ex)-ministra Dilma (Rousseff)”, disse.
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