PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
No primeiro deslocamento da Caravana por Minas --ação idealizada para fortalecer o palanque único da presidenciável Dilma Rousseff (PT) em Minas Gerais--, realizado hoje em Juiz de Fora, a militância do PT municipal e de cidades da Zona da Mata não compareceu ao encontro regional com o PMDB do senador Hélio Costa, pré-candidato ao governo de Minas.
Faltou até mesmo o ex-prefeito petista Fernando Pimentel, cuja ausência foi justificada com um chamado de Brasília em cima da hora.
A ideia da Caravana por Minas é fortalecer pelo Estado a aliança que sustentará o palanque único de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, no segundo colégio eleitoral do país, com 14,2 milhões de eleitores.
A preocupação principal está sendo quebrar a resistência dos petistas a Costa, que lidera as pesquisas de intenção de votos e é o preferido do presidente Lula para concorrer ao governo de Minas, devendo Pimentel disputar o Senado.
No evento ocorrido em um ginásio esportivo da cidade, encerrado no começo da tarde, Pimentel estava sendo esperado até que, do palanque, foi anunciado que ele estava em Brasília cuidando da campanha de Dilma, da qual é um dos principais coordenadores.
Os petistas no palanque eram apenas quatro líderes do PT local e os deputados federais Miguel Correa Jr. e Reginaldo Lopes --este presidente do PT-MG. Os dois deputados são do grupo de Pimentel dentro do PT mineiro.
Ninguém do grupo de interlocução do ex-ministro petista Patrus Ananias --nem ele próprio-- compareceu. Integram a caravana líderes políticos do PMDB, PT, PC do B, PR e PRB. No começo de junho o nome de Costa deve ser confirmado por esses partidos como o candidato único da aliança pró-Dilma.
Para tentar tirar a militância do PT de casa e envolvê-la na sua campanha, Costa começou a fazer críticas públicas à gestão do PSDB no Estado, que teve início com Aécio Neves --que concorrerá ao Senado-- e continua desde março último com o governador Antonio Anastasia, que tentará a reeleição.
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