Legenda vai apresentar nomes de Hélio Costa, Marcos Lima e Silas Brasileiro
Cristiano Machado
PMDB se reúne para tratar da reestruturação da legenda: partido quer mais espaço no segundo escalão
Nesta segunda-feira (7), o presidente do PMDB em Minas, deputado federal Antônio Andrade, disse que, como todos os pleitos da legenda foram negados, existe a expectativa de que a presidente Dilma Rousseff (PT) se solidarize com a bancada do Estado. Segundo ele, Costa poderia ocupar um cargo em diretoria da Eletrobrás ou da Petrobras Distribuidora.
O ex-senador foi cotado para assumir a presidência de Furnas, porém, teria sido vetado pela presidente por não apresentar perfil para o posto e não ter o apoio da bancada de deputados federais, que lançou manifesto em prol de Lima. Dilma preferiu nomear Flávio Decat, um técnico de origem mineira, mas sem ligação com a bancada. “Não fomos consultados sobre a nomeação em Furnas. Estamos sendo preteridos”, reclamou Andrade.
Para Lima, os peemedebistas querem agora a presidência da Companhia Nacional de Habitação (Conab). “E Silas Brasileiro poderia ser secretário-executivo do Ministério da Agricultura”, concluiu o presidente do PMDB mineiro.
Alguns integrantes das articulações disseram que Costa não é bem visto pelo PT e até Dilma teria ressalvas ao nome dele. Também não apresentaria perfil para nenhum dos cargos almejados. É acusado ainda por desafetos pela má gestão dos Correios. Pesa a seu favor a interlocução com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB). Já Brasileiro teria poucas chances de ser alçado ao posto pretendido por se enquadrar no rol de candidaturas barradas pela Justiça Eleitoral em função da lei do ficha limpa. Lima é o único nome do PMDB com maiores chances. Ele tem a simpatia do deputado federal Newton Cardoso.
Apesar da insatisfação que espreita o reduto peemedebista, os deputados federais não pretende retaliar o governo federal em votações importantes como a do reajuste do salário mínimo. “Não participamos de nenhuma indicação nacional. Minas ainda não foi contemplada. Isso não significa que faremos pressão no plenário”, garantiu Andrade. “Somos governo e vamos agir como tal”, completou o deputado federal Leonardo Quintão.
O partido enfrenta resistências também no plano estadual. Os cargos de representação em Minas são cobiçados pelo PT, PCdoB, PDT e o próprio PMDB. “Gostaríamos de ter a Funasa (Fundação Nacional da Saúde), o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes), a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Existem muitos cargos que tem dois ou três partidos querendo”, exemplificou o presidente da legenda. Segundo ele, nesta semana acontecerão reuniões entre as siglas da base para afinar o discurso. A ideia, segundo ele, é encontrar um consenso. As negociações acerca de todos os cargos estão congeladas, oficialmente, a pedido de Dilma até que o projeto sobre o salário mínimo passe pelo Congresso.
Na segunda-feira, a Executiva estadual do PMDB se reuniu para tratar da reestruturação da legenda.
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