O PCdoB, enfim, anunciou a mudança de posição já esperada nos últimos dias. Em vez do apoio ao prefeito Marcio Lacerda (PSB), delineado antes da ruptura entre PT e PSB, os comunistas irão caminhar ao lado de Patrus Ananias (PT) na campanha à Prefeitura de Belo Horizonte. Pesou na decisão a interferência nacional. A presidente Dilma Rousseff e o comando nacional do PT teriam interferido diretamente no caso, para convencer o PCdoB a caminhar com seu aliado histórico e não com Lacerda. 
 
Para tentar fazer com que o PCdoB não debandasse, o PSB decidiu apoiar Carlin Moura, candidato comunista em Contagem. Inicialmente, os socialistas estavam fechados com Durval Angelo. A manobra, no entanto, não foi suficiente para segurar o partido na chapa de Lacerda.
 
Se perdeu o PCdoB, Lacerda ganhou o PDT e o PMN no último dia. O PDT, que anteriormente havia indicado o vice de Leonardo Quintão (PMDB) irá fazer parte da chapa do socialista. Como o PMDB de Quintão desistiu da candidatura para apoiar Patrus Ananias, acreditava-se que o PDT também iria compor com o petista. Já o PMN divulgou nota informando que o partido abriu mão da candidatura própria para apoiar a chapa de Lacerda.
 
A situação do PSD é que voltou a ficar nebulosa. Na manhã desta quinta-feira (5), o deputado federal e secretário de Estado de Gestão Metropolitana do Governo de Minas, Alexandre Silveira, ao lado do deputado estadual Gustavo Valadares, protocolou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a ata da convenção do partido, realizada no dia 23 de junho. Os políticos reafirmaram a aliança com o PPS na disputa pelas vagas da câmara municipal, bem como o apoio a Lacerda. No entanto, o presidente estadual do partido, Paulo Safady Simão garante que irá protocolar ainda nesta quinta-feira (5) uma outra ata, garantindo o apoio a Patrus Ananias. Se isso acontecer, a Justiça Eleitoral terá que decidir de que lado estará oficialmente o partido. De qualquer forma, o PSD entrará rachado na disputa.