domingo, 30 de janeiro de 2011

Reforma no Anel Rodoviário de BH deve acontecer somente em setembro

 

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, somente neste ano, nove pessoas morreram em acidentes no Anel Rodoviário


CARLOS RHIENCK
ACIDENTE ANEL
Mesmo com o grave acidente de sexta (28), não estão previstas obras de urgência
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou neste sábado (29) que as obras de revitalização do Anel Rodoviário devem começar apenas em setembro. O edital do processo de licitação deverá ser publicado em abril.

Antes disso, radares deverão ser instalados na rodovia. Foi aberto em outubro de 2009 um processo de licitação para a implantação de fiscalizações eletrônicas em todo o país. O total de investimentos é R$ 1,4 bilhão. Em Minas, serão instalados 410 radares - o Anel Rodoviário e a BR-381 terão prioridade, ainda segundo o Dnit.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que a responsabilidade do Anel Rodoviário é do Dnit, mas que "vai acompanhar com interesse todas as questões relativas ao Anel para que os seus problemas sejam resolvidos pois ele faz parte da cidade".

Decreto de calamidade pública não resulta em obras


O prefeito Márcio Lacerda decretou calamidade pública no Anel Rodoviário em setembro de 2009, quando cinco pessoas morreram em um acidente na rodovia. O objetivo da iniciativa, que durou ao todo 180 dias, era agilizar obras - mas foi em vão.

Um projeto de obras no Anel Rodoviário, orçado em R$ 30 milhões, foi apresentado ao Ministério das Cidades, mas o Governo Federal não liberou o recurso.

O período de calamidade pública serviu somente para que uma força-tarefa fosse feita no Anel Rodoviário. Na ocasião, radares foram religados, a sinalização (vertical e horizontal) foi reforçada e paineis eletrônicos foram instalados. O radar na altura do Bairro Betânia, onde aconteceu o acidente, foi religado nessa força-tarefa, relembra o Dnit.

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, somente neste ano, nove pessoas morreram em acidentes no Anel Rodoviário.

No ano passado, a rodovia foi palco de 39 mortes.

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