sexta-feira, 15 de abril de 2011

Minas é o 3º estado do Brasil em crianças para adoção

No Estado, para cada menor à espera por uma nova família, existem 5,9 pessoas interessadas


LUIZ COSTA
No país, 4.427 crianças aguardam adoção e 26.694 pessoas estão à espera de uma oportunidade
Para cada criança que aguarda para ser adotada em Minas Gerais, há 5,9 pessoas interessadas. Levantamento feito pelo Cadastro Nacional de Adoção revela que no país o número de pessoas à espera de uma criança para assumir como filho é seis vezes maior do que o número de crianças e adolescentes disponíveis.

Segundo o estudo, Minas Gerais é o terceiro Estado com maior número de menores aguardando para serem adotadas. São 550 crianças e 3.253 interessados na adoção, conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pelo cadastro. No país são 26.694 inscritos e 4.427 crianças aguardando uma nova família.

O advogado Geraldo de Souza Aguiar, 42 anos, que trabalha como voluntário em um abrigo de crianças abandonadas, afirma que as exigências dos interessados em adoção são as justificativas para o número de interessados ser maior. "As pessoas não querem crianças acima de 6 anos e, antes de demonstrar interesse, querem saber se os pais têm algum tipo de contato, temendo problemas com a família biológica", explicou.

No Brasil, entre os interessados, 10.129 aceitariam adotar apenas crianças brancas, o que representa 37,9%. Outros 1.574 desejam somente crianças pardas. E 579 aceitariam só crianças negras. Pretendentes para adotar apenas crianças amarelas ou indígenas somam, respectivamente, 345 e 343 pessoas. São indiferentes à raça 8.334 interessados.

O cadastro mostra ainda o desinteresse dos pretendentes de adotar crianças com irmãos. Do total de pessoas à espera, 21.978 (ou 82,37%) disseram que não fariam esse tipo de adoção. Outros 21.376 (ou 80,8%), por sua vez, afirmaram que não aceitariam sequer adotar gêmeos.

A maior parte das crianças e adolescentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção, entretanto, possuem irmãos: o número chega a 3.352, ou 75,72% do total. Jovens com irmãos inscritos no CNA somam 1.379 (ou 31,15%).

Não foi verificado grandes restrições, por parte dos pretendentes, em relação ao sexo do adotado: 15.632 disseram-se indiferentes quanto ao gênero feminino ou masculino. A mesma postura, no entanto, não se observa em relação à idade.

São Paulo é o Estado que tem o maior número de crianças na fila de adoção, 1.198 com 6.936 interessados. O Rio Grande do Sul aparece em segundo lugar, com 751 menores com 4.158 pretendes.

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