Dos dez municípios brasileiros que mais desmataram este remanescente, cinco estão no Estado e os três primeiros colocados são mineiros
A Fundação SOS Mata Atlântica divulgou nesta quinta-feira (26) o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica no Brasil, que coloca Minas Gerais como Estado campeão de desmatamento no período entre 2008 e 2010, com a perda de 12.467 hectares da floresta.
Foi a segunda edição consecutiva que Minas liderou o ranking.
Outro dado preocupante é que dos dez municípios brasileiros que mais desmataram, cinco estão no Estado e os três primeiros colocados são mineiros.
O pesquisador Flávio Ponzoni, coordenador do Atlas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), avalia que em Minas Gerais os dois principais fatores de desmatamento da Mata Atlântica são a plantação de eucalipto e, nos centros urbanos, a especulação imobiliária.
“Existe uma legislação que trata da preservação, mas ela não é cumprida. A culpa é de toda a sociedade”, afirma.
Minas perdeu 12.467 hectares da floresta no período entre 2008 e 2010 (Foto: Leonardo Morais)
Os três municípios que mais reduziram a área de Mata Atlântica no período de 2008 a 2010 são da Região do Jequitinhonha, em Minas.
Ponto dos Volantes lidera o ranking, com 3.244 hectares desmatados, seguido pela cidade de Jequitinhonha, com 2.786 hectares cortados, e por Pedra Azul, que perdeu 676 hectares. Águas Vermelhas, no Norte de Minas, ocupa a 5ª posição, com a perda de 525 hectares, e Itamarandiba está na 9ª posição, com o desmatamento de 330 hectares.
Dos cinco municípios restantes campeões de desmatamento, quatro estão na Bahia (Andaraí, Valença, Mundo Novo e Encruzilhada) e um no Paraná (Pitanga).
Entre as regiões metropolitanas, Belo Horizonte ocupa a terceira posição no ranking do desmatamento, com a perda de 49 hectares de Mata Atlântica, atrás de São Paulo (com 51 hectares cortados) e de Curitiba, capital campeã com a redução de 775 hectares da floresta.
Da área total do bioma Mata Atlântica, que é de 1.315.460 quilômetros quadrados, foram avaliados 1.288.989, o que corresponde a 98%. Foram analisados os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
Dos 17 estados abrangidos total ou parcialmente no bioma Mata Atlântica, o único não avaliado foi o Piauí, cujos dados não puderam ser incluídos pela indefinição de critérios de identificação das formações florestais naturais no Estado. Para o Piauí está sendo aguardado um mapeamento detalhado liderado pelo Ministério do Meio Ambiente.
A diretora de Gestão do Conhecimento e também coordenadora do Atlas, Marcia Hirota, avalia que o estudo comprova que a supressão da floresta nativa no Brasil é contínua. Procurado pela reportagem, o Governo de Minas não se pronunciou sobre o desmatamento até o fechamento desta edição.
Foi a segunda edição consecutiva que Minas liderou o ranking.
Outro dado preocupante é que dos dez municípios brasileiros que mais desmataram, cinco estão no Estado e os três primeiros colocados são mineiros.
O pesquisador Flávio Ponzoni, coordenador do Atlas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), avalia que em Minas Gerais os dois principais fatores de desmatamento da Mata Atlântica são a plantação de eucalipto e, nos centros urbanos, a especulação imobiliária.
“Existe uma legislação que trata da preservação, mas ela não é cumprida. A culpa é de toda a sociedade”, afirma.
Minas perdeu 12.467 hectares da floresta no período entre 2008 e 2010 (Foto: Leonardo Morais)
Os três municípios que mais reduziram a área de Mata Atlântica no período de 2008 a 2010 são da Região do Jequitinhonha, em Minas.
Ponto dos Volantes lidera o ranking, com 3.244 hectares desmatados, seguido pela cidade de Jequitinhonha, com 2.786 hectares cortados, e por Pedra Azul, que perdeu 676 hectares. Águas Vermelhas, no Norte de Minas, ocupa a 5ª posição, com a perda de 525 hectares, e Itamarandiba está na 9ª posição, com o desmatamento de 330 hectares.
Dos cinco municípios restantes campeões de desmatamento, quatro estão na Bahia (Andaraí, Valença, Mundo Novo e Encruzilhada) e um no Paraná (Pitanga).
Entre as regiões metropolitanas, Belo Horizonte ocupa a terceira posição no ranking do desmatamento, com a perda de 49 hectares de Mata Atlântica, atrás de São Paulo (com 51 hectares cortados) e de Curitiba, capital campeã com a redução de 775 hectares da floresta.
Da área total do bioma Mata Atlântica, que é de 1.315.460 quilômetros quadrados, foram avaliados 1.288.989, o que corresponde a 98%. Foram analisados os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
Dos 17 estados abrangidos total ou parcialmente no bioma Mata Atlântica, o único não avaliado foi o Piauí, cujos dados não puderam ser incluídos pela indefinição de critérios de identificação das formações florestais naturais no Estado. Para o Piauí está sendo aguardado um mapeamento detalhado liderado pelo Ministério do Meio Ambiente.
A diretora de Gestão do Conhecimento e também coordenadora do Atlas, Marcia Hirota, avalia que o estudo comprova que a supressão da floresta nativa no Brasil é contínua. Procurado pela reportagem, o Governo de Minas não se pronunciou sobre o desmatamento até o fechamento desta edição.
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