domingo, 15 de maio de 2011

Câmara de Belo Horizonte quer ter voz sobre a reforma eleitoral para propor regras

Vereadores de BH acusam Senado e Câmara dos Deputados de não ouvirem a sociedade


A falta de diálogo entre o Congresso Nacional, os vereadores e a sociedade sobre a reforma política tem irritado os parlamentares municipais.

Segundo eles, tanto o Senado quanto a Câmara dos Deputados têm tratado a questão por conta própria, sem nenhum tipo de consulta à sociedade civil.

“A reforma política é uma discussão abrangente, a sociedade precisa participar. Até agora, a comissão da Câmara não ouviu nada.

O Senado menos ainda. Estamos tentando articular isso para que também tenhamos alguma participação”, diz o presidente da União dos Vereadores do Brasil (UVB), Bento Batista da Silva.

Os vereadores afirmam que as eleições municipais têm características próprias, diferentes das estaduais ou federais e que, por isso, precisavam de mais espaço para colocar suas posições sobre o caso.

“Estamos trabalhando para que a reforma possa acontecer. É uma matéria pouco discutida, que não vai conseguir alcançar o objetivo de debater com toda a população”, lamenta Silva.

“É preciso fazer com que a reforma política chegue aos ouvidos de toda a sociedade. A situação é tão pouco debatida que se a gente perguntar para os vereadores o que é o voto em lista fechada a maioria não vai saber responder”, diz o Presidente da União Nacional dos Vereadores (UNV), Clesio Drumond.

Mesmo não tendo qualquer possibilidade de legislar sobre o tema, a Assembleia Legislativa resolveu criar uma comissão extraordinária especialmente para poder debater a questão e tenta possibilitar uma discussão mais abrangente.

Até agora a comissão já realizou oito reuniões e ouviu deputados, jornalistas, vereadores e especialistas.

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