quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vereador de MG é suspeito de usar diárias para cursar faculdade no RJ (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um vereador de Pouso Alegre, na Região Sul de Minas Gerais, está sendo investigado pela Câmara de Vereadores e pelo Ministério Público por supostas irregularidades no uso de diárias. Conforme a denúncia, o vereador Fabrício Machado (PT) teria usado cerca de R$ 9 mil de verbas do Legislativo para viagens particulares ao Rio de Janeiro. Ele teria viajado à capital carioca para cursar faculdade de fisioterapia, que foi concluída no ano passado.

Na noite desta terça-feira (13), uma liminar da Justiça impediu a leitura do relatório da Comissão de Ética. Na sessão da Câmara, também estava prevista a apresentação de outra denúncia contra o vereador, feita por um cidadão, sobre as mesmas diárias. A determinação judicial impediu que as denúncias fossem apresentadas e que uma comissão processante fosse criada para dar continuidade às investigações.

Na denúncia, a promotoria afirmou que no relatório de prestação de contas, o vereador disse ter feito uma visita a um instituto no Rio de Janeiro, mas que na verdade estaria frequentando a faculdade, em Duque de Caxias (RJ). Para conseguir o reembolso das viagens, ele teria apresentado, entre outras notas, recibos de estacionamento e de abastecimento do carro dele na cidade. No entanto, conforme o MP, pela coincidência de horários dos recibos e do relatório feito pelo vereador, seria impossível ele estar em Duque de Caxias (RJ) e no bairro da Urca, no Rio, ao mesmo tempo.

Segundo o vereador acusado, todas as viagens que ele fez a instituições de ensino tiveram motivos políticos. Ele alega que esteve no Rio de Janeiro para buscar recursos para beneficiar deficientes físicos. "As viagens que solicitei à Câmara foram autorizadas, eu trouxe o relatório de viagem e posteriormente trouxe também certificados. As viagens foram para estudos, apreciação de locais, vivência e conhecimento, para que em Pouso Alegre pudéssemos implantar ações voltadas à pessoa com deficiência física", disse Machado.

A assessoria jurídica da Câmara diz que o relatório da Comissão de Ética ainda tem validade e que será entregue à Justiça.

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