segunda-feira, 16 de maio de 2011

Reforma política divide tucanos em Minas Gerais

Parte do PSDB mineiro defende aprimoramento do voto proporcional e outra parte avalia voto distrital como melhor opção


Renato Cobucci
Carlos Mosconi e Marcus Pestana
Carlos Mosconi e Marcus Pestana vão debater reforma política
O PSDB mineiro entrará dividido no debate sobre a reforma política, que ocorre nesta segunda-feira (17) na sede do partido, em Belo Horizonte.
Embora o encontro seja considerado uma discussão interna, os deputados presentes vão tentar assinar um documento delimitando a posição da sigla sobre alguns temas da reforma, principalmente a modalidade de escolha dos candidatos.

Alguns tucanos defendem o aprimoramento do voto proporcional e outros avaliam o voto distrital como a melhor opção.

O diretor do Instituto Vox Populi e cientista político Marcos Coimbra, foi convidado para debater o assunto junto com os tucanos.
O deputado federal Marcus Pestana, membro titular da Comissão Especial sobre Reforma Política na Câmara e presidente do PSDB de Minas Gerais, e o deputado Carlos Mosconi, coordenador da Comissão Extraordinária de Acompanhamento da Reforma Política da Assembleia Legislativa, deverão liderar a formulação de um texto final, que sintetize as posições dos tucanos.

O debate será realizado, a partir das 19 horas, na sede do PSDB/MG, com parlamentares, prefeitos e lideranças tucanas do Estado.
Na opinião de Mosconi, o voto proporcional é a opção mais viável. “Temos que melhorar o modelo atual. Acho que acabando com as coligações já teremos um avanço importante”, observou.
Apesar de considerar que muitas discussões em torno do tema ainda sejam necessárias, Mosconi descartou, por exemplo, o seu apoio ao voto em lista, já que, para ele, existirá uma complexidade enorme para definir os critérios de formulação da lista.

Sobre o voto distrital, ele levantou dúvidas sobre a forma como serão divididas as regiões. “Ainda não está claro para mim se isso é bom. Como dividir as regiões de um município?

Será que isso é factível?”. No que se refere ao voto distrital misto, Mosconi argumenta que a legitimidade dos deputados eleitos estaria em xeque.

Para ele, não haveria como um parlamentar eleito pelo Norte de Minas votar um projeto específico para o Triângulo Mineiro, por exemplo.

Já o pensamento do deputado federal Eduardo Azeredo, que é titular da Comissão Especial de Reforma Política da Câmara dos Deputados, é de aprovar o voto distrital.

Segundo ele, a alternativa mais viável seria implementar a mudança de forma gradual. “Primeiro, as capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes e depois vai avançando para o resto do país. Seria um modelo semelhante ao de como foi implantada a urna eletrônica”, disse.

Nesta semana, os tucanos da Comissão Especial de Reforma Política se encontrarão com o relator da comissão, o deputado federal Henrique Fontana (PT/RS) para debater o assunto.

Segundo os parlamentares, o PSDB de Minas ainda não tem posição fechada sobre o financiamento público de campanhas.

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