A Saúde deve ser a prioridade da Prefeitura de Belo Horizonte nos próximos quatro anos, segundo internautas que participaram da primeira enquete do especial "Eleições 2012", Portal HD. Com 51%, o item foi o mais votado e ficou na frente das áreas da Educação (12%), Transporte (11%), Política Social (11%), Segurança (6%), Cultura (4%), Meio Ambiente (4%).

O resultado reforça uma matéria publicada no jornal Hoje em Dia, em maio deste ano, que mostrou com exclusividade o diagnóstico de uma pesquisa feita pelo Instituto Sensus. O estudo apontou que 45,9% dos entrevistados consideram a Saúde a área que mais necessita de investimentos na capital.

A insatisfação é manifestada principalmente por quem não consegue uma consulta. Para o advogado Antônio Carlos Teodoro, especialista em saúde pública e presidente da ONG SOS Vida, falta tudo: medicamentos, profissionais e leitos.

"O Congresso Nacional deveria criar uma lei para que os administradores públicos sejam obrigados a ser atendidos pelo SUS. Só assim haveria mais investimentos".

Para reverter o quadro, é preciso que municípios, estados e União invistam pelo menos 6% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor, a exemplo do que acontece no Reino Unido, na Alemanha, no Canadá e na Espanha. A afirmação é do professor do Departamento de Prática de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Aquilas Nogueira Mendes. O especialista se baseia em um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde, escritório regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Os municípios chegaram ao limite e, por isso, cabe ao Ministério da Saúde aumentar os recursos", afirma Aquilas, doutor em ciências econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo ele, em 2011, os municípios reverteram 1% à saúde, os estados, 1,1% e a União, apenas 1,75%